“Vamos resolver.” Quando a arquiteta e urbanista Fátima Daudt diz isso para empresas que enfrentam alguma dificuldade para tocar um projeto, normalmente investimento, pode esperar que a solução tardará um pouco, mas virá. A prefeita de Novo Hamburgo, cidade que é a eterna namoradinha do setor calçadista nacional, foi reeleita para o segundo mandato em 2020.
A tucana combina estratégias de gestão herdadas da atuação no setor privado e alinhamento de pensamento: precisamos criar um ambiente confiável para o empreendedor, resume. Já a porção urbanista da gestora segue um mantra: “tornar a cidade agradável para quem mora”.
Foi com isso que Fátima conquistou o super callcenter do banco Santander, gerando quase 5 mil empregos em meio à pandemia. “Sem nenhum benefício fiscal”, completa ela, que tem como marca o tom de voz suave, mas firme, que pode ser um dos segredos para gerir os interesses da coligação com oito siglas, de MDB, PTB e PDT ao Avante.
A arquiteta, mãe de Daniel e Hector, só reage quase sem paciência quando o assunto é a pandemia e o que ela considera o maior problema no Brasil: “a falta de um comando único”. Para Fátima, essa é a origem do desgaste da falta de vacina, que estourou no colo dos prefeitos.
Estreante na cena política em 2016, depois de adiar por 10 anos a decisão, ela foi eleita na primeira disputa e agora vê seu nome circular entre partidos, não só o seu, o PSDB, para a disputa ao Palácio Piratini, já que o colega tucano Eduardo Leite diz que não vai concorrer à reeleição.
Se for necessário, se acontecer, farei o meu melhor possível, mas, no momento, são apenas conversas.
Leia mais no Jornal do Comércio