O Gabinete de Segurança de Israel, órgão governamental que decide sobre as ofensivas militares, aprovou nesta quinta-feira um acordo de cessar-fogo com o Hamas em Gaza, após 11 dias de confrontos com as milícias palestinas. As autoridades aceitaram a proposta de mediação do Egito para uma trégua “recíproca, simultânea e incondicional” dos combates. A entrada em vigor do cessar-fogo permanente —sob o princípio da calma na frente em troca da calma nas fileiras do adversário— vale a partir 2h de sexta-feira (20h desta quinta, pelo horário de Brasília).
A pressão exercida sobre Israel pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na quarta-feira para forçar a redução imediata da escalada parece ter surtido efeito. Segundo informa a repórter María Antonia Sánchez-Vallejo, de Nova York, o democrata pôde marcar o sucesso de sua diplomacia “intensiva e silenciosa”, como ele mesmo a definiu. O presidente compareceu à imprensa no meio da tarde para aplaudir o cessar-fogo, afirmando que palestinos e israelenses “merecem viver em segurança e desfrutar de liberdade, prosperidade e democracia”. Os Estados Unidos mostraram seu compromisso de colaborar “junto com a comunidade internacional e a ONU na reconstrução de Gaza” após os bombardeios israelenses, acrescentou, garantindo que seu país também ajudará Israel a reabastecer o sistema de defesa antimísseis.
O anúncio foi precedido de intensa atividade diplomática por parte da Casa Branca. Pela manhã, Biden falou por telefone com seu homólogo egípcio, Abdel al-Sisi, devido ao papel de liderança do Cairo na construção do acordo, e a quem o veterano democrata agradeceu especialmente por sua mediação. “Os dois líderes analisaram os esforços para chegar a um cessar-fogo para encerrar as atuais hostilidades em Israel e Gaza”, explicou a Casa Branca em um comunicado.
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