Porto Alegre, quinta, 17 de outubro de 2024
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Pioneiro, Claudinho Pereira celebra seis décadas como DJ e prepara novo livro; Jornal do Comércio

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Primeiro discotecário de Porto Alegre, o também cineasta, diretor de TV, produtor e radialista completa 74 anos na próxima terça-feira (25) MARIANA ALVES/JC

 

 

“Eu sou essa mistura de Dona Canô com Antonio Ermírio de Moraes.” O bom humor e a capacidade de rir de si mesmo são algumas das inúmeras virtudes de Claudinho Pereira.

E ele emenda admitindo que Paulo Silvino e Jards Macalé poderiam entrar nessa lista de “gêmeos”, ainda que saiba que ele é bem mais do que brinca na sua autodefinição, que já começa esquisita ao levar em consideração um possível cruzamento entre o empresário paulista, a mãe de Caetano e Maria Bethânia, o humorista e o cantor.

Outro exemplo do bom humor de Claudinho? Anos atrás, na minha casa, com ele presente, surgiu a ideia de fazer um concurso de quem fazia a melhor imitação de Claudinho Pereira. Ele entrou na brincadeira mas ficou em terceiro lugar. Perdeu para as performances mais convincentes do empresário e produtor cultural Jorge André Brittes e do compositor Antonio Villeroy.

A capacidade de ver o mundo com humor e com leveza faz parte da trajetória deste porto-alegrense que conhece cada viela de sua cidade. Nascido no Bom Fim, em 25 de maio de 1947, filho de uma doméstica e sem nunca ter conhecido o pai, Cláudio Antônio Pereira sempre esteve em movimento. Desde cedo que ele não para. Ainda na adolescência, ele trabalhava à noite e estudava durante o dia. Seu primeiro trabalho foi como caboman, logo depois emendando com outras funções como produtor de programas de rádio e de TV até se tornar uma referência como um dos pioneiros entre os DJs – na época ainda chamados de discotecários – da Capital.

Muitos passos dessa trilha (sonora?) foram favorecidos por outras duas virtudes que Claudinho demonstrou desde jovem: ser hábil e sortudo. Hábil na capacidade de fazer amigos, de estar sempre de alto astral, de encantar quem estava ao seu redor e, assim, conseguir que portas que poderiam se fechar a um rapaz como ele se abrissem com mais facilidade. Sortudo por pegar um momento único na vida de Porto Alegre. Uma cidade que começava a ganhar ares de metrópole, mas que não perdia hábitos provincianos como as conversas nas esquinas, os encontros nos cafés e o lazer nos clubes.

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