Porto Alegre, domingo, 20 de outubro de 2024
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Para vender Covaxin ao governo Bolsonaro, empresa citou pressão de países e apresentou oferta válida por 1 dia; Folha de São Paulo

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Precisa disse estar 'vulnerável' com indefinição inicial da Saúde e que OMS queria doses para nações mais pobres; farmacêutica nega vantagem. Motociclista passa ao lado de ônibus estacionado na sede do laboratório Bharat Biotech, em Haiderabad, na Índia - 3.jun.2020/Reuters

 

 

Representante no Brasil da fabricante indiana Bharat Biotech, a Precisa Medicamentos pressionou o Ministério da Saúde para acelerar o contrato de compra da vacina Covaxin.

Em pelo menos três oportunidades, em 11 dias, a empresa cobrou da pasta resposta às propostas de venda. Para isso, usou em ofícios e emails argumentos no sentido de que as doses estavam na iminência de terem outros destinos, o que exigiria pressa.

Uma das alegações era que outros países miravam as 20 milhões de doses reservadas ao Brasil. Assinado o contrato com o governo Jair Bolsonaro em tempo recorde, nenhuma dose foi entregue ao país até agora. Houve quebra contratual e, mesmo assim, a parceria permanece.

Nas cobranças, a Precisa afirmou existir pressão da OMS (Organização Mundial da Saúde) para distribuir a países mais pobres as vacinas reservadas para o Brasil.

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