O site do jornal O Globo, informa que morreu neste domingo, aos 69 anos, o jornalista, escritor e dramaturgo Artur Xexéo, um dos principais representantes da imprensa cultural do país. Xexeo lutava contra um linfoma e estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio.
Xexéo iniciou a carreira jornalística em 1975, como estagiário da editoria de Geral no Jornal do Brasil. Após trabalhar em redações de revistas em São Paulo, voltou para o JB em 1985, agora como subeditor do “Caderno B”, o seu suplemento cultural.
Em 2001, Xexéo assumiu como editor do “Segundo Caderno”, no GLOBO. Um de seus desafios, na época, era privilegiar reportagens e entrevistas com apelo do que as notícias mais quentes.
Outra marca de Xexéo à frente do caderno foi valorização da crítica de cinema e teatro em um momento em que estes espaços escasseavam nos jornais. “Eu trabalho com orçamento, então eu sei quanto se gasta com o espaço da crítica. Mas eu acho que é uma das saídas do jornalismo cultural hoje é valorizar o espaço da crítica”, dizia ele.
O editor via nos cadernos culturais um modo de “refletir o país”. “É o melhor veículo para reproduzir a vida cultural brasileira”, dizia.