Porto Alegre, segunda, 21 de outubro de 2024
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Bolsonaro mantém PP na chefia de área que compra vacinas no Ministério da Saúde; O Estado de São Paulo

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Setor responsável por contratos na pasta é dominado por indicações do partido de Ricardo Barros, implicado no caso Covaxin. O presidente Jair Bolsonaro e seu líder de governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, em agosto do ano passado Foto: Gabriela Bilo/Estadão (25/8/2020)

 

 

O Departamento de Logística (DLOG) do Ministério da Saúde, onde surgiram as suspeitas de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, é “loteado” por nomes ligados ao Progressistas (PP) desde quando o atual líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PR), comandava a pasta, entre 2016 e 2018. O presidente Jair Bolsonaro, que na campanha eleitoral prometeu não aceitar indicações políticas em áreas técnicas, manteve a estrutura nas mãos da sigla do Centrão, com quem se aliou em troca de apoio no Congresso.

O atual diretor, Roberto Ferreira Dias, ligado a Barros, está no posto desde 2019 e já resistiu a três mudanças de ministros. Em comum com os antecessores está o fato de responder a processos por suspeitas de desvio de verba pública.

O departamento é uma área sensível dentro do Ministério da Saúde, pois é responsável por executar contratos bilionários. De 2019 a junho deste ano, autorizou pagamentos que somam R$ 24,8 bilhões, segundo o Portal da Transparência. Entre as atribuições do DLOG está coordenar as compras de bens e insumos estratégicos, como as vacinas contra covid-19.

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