Sem o supercomputador Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que pode ser desligado já em agosto por falta de verbas previstas no orçamento da instituição, ficam prejudicadas decisões nacionais de segurança alimentar, energética e hídrica — há ainda impacto econômico e científico no Brasil.
Os dados processados pelo Tupã são fornecidos para o Centro Nacional de Desastres Naturais (Cenad), a Agência Nacional de Águas (Ana), a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha (DHN), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica (Decea), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Ministério de Minas e Energia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), além de centros estaduais de meteorologia.
A importância se acentua quando é considerado o fato de que o Brasil atravessa a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, segundo o governo federal. “Em plena crise, podemos ter um apagão dessas informações”, explica Gilvan Sampaio, coordenador-geral de ciências da Terra no Inpe. Sem o recurso, ficarão prejudicadas as previsões climáticas de longo prazo, especialmente importantes para eventos climáticos extremos, como tempestades e períodos de seca.
Leia mais em O Estado de São Paulo