A caminho de se tornar a maior potência econômica do planeta, a China sabe exatamente aonde quer chegar. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o embaixador do país asiático no Brasil, Yang Wanming, detalhou como enxerga a situação da China no mundo e admitiu que as relações com os Estados Unidos passam por uma “nova encruzilhada”. “A chave da questão é saber se os EUA reconhecem ou não que o povo chinês também tem o direito de buscar o progresso”, avaliou.
Wanming garantiu que seu país não tem a intenção de “desafiar ou substituir” ninguém, nem exportar ideologia ou buscar a hegemonia do mundo. Quer, no entanto, ser visto com uma visão “racional e objetiva”. Um dos pontos mais delicados no momento é em relação à tecnologia 5G, usado pelos EUA, segundo ele, como “bullying tecnológico”.
Sobre o Brasil, Wanming afirmou que o apetite por investimentos segue grande, que há disposição em novas parcerias em vacinas e que enxerga oportunidades para a exportação de mais produtos com maior valor agregado do Brasil para a China. Como um diplomata típico, sai à tangente quando questionado sobre relações com membros do governo local, depois de situações embaraçosas envolvendo o país asiático. A entrevista foi concedida por e-mail, a pedido do embaixador.
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