Palestrante convidado do 13º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos, o governador Eduardo Leite falou por videoconferência, na manhã desta quinta-feira (29/7), durante o painel Projeções Políticas Regulatórias para o Setor Eólico Nacional. Ele tratou do setor de energias renováveis no pós-pandemia e as políticas estaduais para desenvolvimento do setor gaúcho.
O fórum começou em 2009, quando foi palco da assinatura do documento de compromisso que iniciou a grande arrancada do setor eólico brasileiro, consolidando uma convergência de objetivos e definição de atribuições de cada agente. O objetivo do evento é discutir os principais aspectos regulatórios e econômicos do setor.
“O Rio Grande do Sul é, hoje, o quinto Estado brasileiro com maior potência eólica instalada. São 1.836 megawatts de potência divididos em 80 parques eólicos. A energia eólica participa com 19,6% da potência instalada e 27,5% na energia gerada. Temos aproveitado essa oportunidade para geração também em áreas que são do Estado e possíveis de serem utilizadas, como a Lagoa dos Patos”, afirmou o governador.
Além da potência instalada no Estado, existem diversos novos projetos de geração de energia eólica, totalizando 10.860 megawatts, divididos em 51 projetos e 28 municípios. Um exemplo de projeto inovador é o do Parque Eólico Off-Shore da Neoenergia, projetado para o litoral dos municípios de Capão da Canoa e Xangri-lá. Além disso, está em elaboração um edital de licitação para concessão, a título oneroso, de uso de áreas na Lagoa dos Patos, para geração de energia eólica.
“Temos um potencial ainda maior e já há muitos projetos que estão sendo destravados por conta de investimentos no nosso sistema de transmissão, que era um limitador da participação do Estado em novos leilões de energia por dificuldades de escoamento da energia. Existe um esforço do governo para antecipar investimentos nas linhas de transmissão, com redução de dois anos nas entregas, o que destrava outros investimentos em novos parques e instalações de energia no Estado, incluindo fontes renováveis”, ressaltou Leite.
Estão previstos R$ 6,5 bilhões de investimentos no sistema de transmissão gaúcho, totalizando 53 obras, das quais 22 têm previsão de entrega para este ano.
Mais de dois terços das operações do setor eólico nacional estão concentradas no nordeste do Brasil. Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco lideram o ranking de empreendimentos instalados e continuam atraindo novos investimentos graças à natureza pródiga, mas também em razão das ações dos governos federal, estaduais e municipais.