O Rio Grande do Sul abrirá mão de R$ 4 bilhões em investimentos diretos no saneamento com a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), pretendida pelo Governo Eduardo Leite. Além disso, caso a privatização seja concretizada, os pequenos municípios (cerca de 80% dos municípios do Estado) poderão ficar desassistidos. A advertência foi feita pela Associação dos Engenheiros da Corsan (AECO), em nota onde alerta a sociedade para as consequências de uma possível privatização da companhia.
No dia 8 de julho, contrariando promessa que havia feito durante a campanha eleitoral de 2018, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou que encaminharia à Assembleia Legislativa um projeto pedindo a autorização para privatizar a Corsan. Além disso, Leite disse que também enviaria uma proposta de regionalização do serviço de saneamento básico no Estado. Segundo o governador, a privatização da Corsan seria feita seguindo “um modelo transparente, como sempre fizemos”. No entanto, antes de enviar o projeto de privatização para a Assembleia, Leite trabalhou para derrubar a exigência constitucional de um plebiscito, que estava inscrita na Constituição do RS, para garantir a participação da população em caso de uma tentativa de privatização.
Diversos municípios já se manifestaram contra a proposta. O prefeito de São Leopoldo, um dos maiores municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, já disse que a cidade não vai aderir a esta regionalização. Vanazzi defende que é preciso garantir tarifa social e abastecimento universal e qualifica como um ‘absurdo’ querer privatizar a água.
Leia mais em Sul 21