Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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O complexo paradoxo econômico argentino: o único país americano mais pobre do que um século atrás; El País

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A qualificadora de riscos MSCI considera a Argentina um “caso único” juntamente com Líbano, Palestina e Botsuana. Manifestação em junho contra a fome em Buenos Aires.JUAN MABROMATA / AFP

 

 

De fato, a Argentina funciona (ou não funciona) com regras próprias ou, dependendo do ponto de vista, com regras que mudam de um dia para o outro. É difícil imaginar como operam os atores econômicos em um país com 10 tipos de câmbio diferentes em relação ao dólar, do oficial, 100 pesos (5,40 reais) por dólar, ao blue (180 pesos por dólar), passando pelo contado com liquidação (165 pesos por dólar), e com controles cambiais muito rígidos (os cidadãos podem comprar no máximo 200 dólares por mês), com uma inflação anual perto de 50%, com uma moeda que se desvaloriza continuamente e sem acesso ao crédito internacional.

No mês passado, a agência de classificação de riscos MSCI (antiga Morgan Stanley Capital International) deixou de considerar a Argentina como “mercado emergente” e não a rebaixou para a categoria inferior, a de “mercado fronteiriço”, colocando-a, em vez disso, em um grupo heterogêneo de países economicamente excêntricos e fechados em si mesmos: os chamados standalone, ou casos únicos. Nele estão, juntamente com a Argentina, Líbano, Palestina, Botsuana, Bósnia, Trinidad-Tobago, Panamá, Jamaica, Bulgária, Malta e Ucrânia. A MSCI explicou que a rigidez dos controles sobre a movimentação de capitais excluía a Argentina dos circuitos financeiros convencionais, daí sua classificação como standalone.

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