Ao escolher Ciro Nogueira para comandar a Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro pode ter criado uma saia justa para si mesmo em 2022. Se, por um lado, o novo ministro se tornou o fiador e articulador político do governo junto ao Congresso, de outro, é uma das principais lideranças do PP, partido do Centrão focado em seus próprios interesses eleitorais. Em pelo menos sete estados, há a possibilidade real de a sigla apoiar nomes críticos ao presidente da República, sendo que em três deles deve estar com seu principal adversário: Luiz Inácio Lula da Silva.
As possibilidades de “traições” se concentram principalmente no Nordeste, onde o presidente enfrenta os menores índices de aprovação ao governo federal e, historicamente, Lula é mais competitivo. Em seis das nove unidades da federação daquela região, há chances de Bolsonaro estar num palanque diferente do PP ou, a depender do cenário, ter que dividi-los com concorrentes diretos na corrida pelo Palácio do Planalto.
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