São oito da noite e estou em uma sala do chat criptografado Jitsi, com seis participantes da célula EterSec, do Anonymous, os responsáveis pelo ataque ao FiB Bank, no início da semana passada. Nenhum mostra o rosto, nem as famosas máscaras do V de Vingança — mas tampouco distorcem o que dizem com os vocoders que usam para modular as vozes nos vídeos.
As vozes variam. São de homens mais velhos, adultos, outros mais jovens, outras, mulheres, cada um com ritmos e sotaques tão diversos quanto o próprio Brasil. A entrevista mal começa e a dúvida surge: se são Anonymous, e são muitos, como entrevistá-los? Como se entrevista uma multidão?
“Nós preferimos ser referidos de uma forma coletiva”, responde um dos participantes. Ele explica que, diferente de outros grupos de hackers, as ações não são feitas por mera notoriedade, mas por ativismo político.
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