Um estudo publicado hoje pela Confederação Nacional dos Municípios, mostra que o reajuste de 31,3% no piso salarial dos professores, com vigência a partir de primeiro de janeiro, terá, em 2022, impacto de nas despesas com pessoal de R$ 28 bilhões, nas contas dos municípios brasileiros.
A CNM manifestou, por meio de nota, preocupação com a gestão da educação no Brasil e revelou que, com as baseadas no texto de uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), na edição desse último sábado, serviços essenciais poderão ser comprometidos a partir do crescimento vertiginoso na folha salarial do magistério. Confira abaixo o texto na íntegra.
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NOTA OFICIAL DA CNM
A Confederação Nacional de Municípios (CNM), em nome do movimento municipalista brasileiro, vem a público manifestar sua profunda preocupação com a gestão da educação no Brasil. Estimativas da entidade com base em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) neste sábado, 25 de setembro, mostram que o piso nacional do magistério terá reajuste em janeiro do próximo ano de 31,3%, o que representa um impacto nas despesas com pessoal das administrações públicas municipais de montante superior a R$ 28 bilhões.
Não há que se questionar a importância dos profissionais da educação para o desenvolvimento do país, mas deve-se, acima de tudo, ter responsabilidade e garantir a manutenção do ensino e da própria prestação de serviços ao cidadão pela administração pública. Diante disso, a CNM destaca que é urgente alterar o critério de atualização do valor do piso nacional dos professores, pauta prioritária do movimento municipalista.
A entidade atua, há mais de 12 anos, para aprovar o texto original do Projeto de Lei (PL) 3.776/2008, do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, com a adoção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos doze meses anteriores para reajuste do piso ou, ainda, pela aprovação de nova lei federal para o piso dos professores. A pauta vem sendo reforçada pela entidade em audiências e reuniões junto a deputados e senadores, bem como autoridades do Poder Executivo Federal.
Quem vai arcar com essa conta? Quem responderá pelo não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) pelos Municípios? É preciso evitar o colapso das administrações locais, especialmente em um momento de crise e que a população necessita ainda mais dos serviços públicos.
Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM