“Fomos os primeiros a fechar e seremos os últimos a reabrir”. A frase, dita com bastante frequência desde o início da pandemia de Covid-19, reflete bem a realidade dos donos de bares e casas noturnas. Esses espaços, em que a aglomeração não só é natural, mas até mesmo essencial, tiveram que se reinventar logo no início do isolamento imposto pelo coronavírus. E, claro, nem sempre tiveram sorte.
Em Porto Alegre, não foram poucos os que fecharam as portas. É o caso do Odeon, colocado à venda recentemente. Referência de boa música no Centro Histórico há 35 anos, o estabelecimento enfrentou dificuldades para se adequar às normas sanitárias. “Não tenho como funcionar nos padrões exigidos, abrir para cerca de 20 clientes não fecha a conta”, argumenta o dono Celestino Santana, o Tino, 75 anos.
Operando com capacidade restrita, os bares que resistiram tiveram que buscar outras formas de subsistência. Muitos contraíram empréstimos que vão levar anos para serem quitados. E, mesmo aqueles que tinham algumas economias, depois de um ano de pandemia, viram-nas se esvair no pagamento de contas que nunca pararam de chegar.
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