Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Diadorim faz cinco anos com novo site e lançamentos

Detalhes Notícia
Denise Nunes e Flávio Ilha fundaram a Diadorim em 2016. untitled image

Foi em outubro de 2016, com o lançamento de “Todos querem ser Mujica”, do jornalista Moisés Mendes, em um festejado evento no Bar Ocidente em Porto Alegre, que a Diadorim Editora veio ao mundo, trazida pelos também jornalistas Denise Nunes e Flávio Ilha, ambos com uma longa estrada na profissão e desejosos de começar uma nova senda, a dos livros.

Cinco anos depois, em meio a uma pandemia global e um cenário de desafios e dificuldades em âmbito nacional (inclusive no mercado editorial), a pequena editora gaúcha alcançou alguns marcos importantes: mais de 30 títulos publicados (uma média de seis livros por ano) em diferentes gêneros de ficção e não ficção, incluindo traduções; um catálogo de poesia local contemporânea com elogiados autores e, a exemplo de outras tantas editoras de pequeno porte em todo o Brasil, a resistência em selecionar e publicar novos autores em um país que vem sistematicamente atacando a cultura e a leitura.

Para celebrar essa trajetória, a partir do mês de outubro a Diadorim Editora está trazendo novidades:

– Um novo site, mais responsivo, dinâmico e amigável a seus usuários – aceitando pagamentos com cartão, PIX, Paypal e PagSeguro (com Banricompras), com diferentes formatos de promoções e descontos; com um blog que contará as novidades da editora e trará textos de autores, convidados e colaboradores da Diadorim. Além disso, o site trará também a descrição de serviços atualmente prestados pela editora, como a edição por demanda para autores independentes, livros para empresas e terceiros (elaborados pelos jornalistas da casa ou colaboradores externos), e o serviço de planejamento gráfico e diagramação.

– Um “ex-libris” da Diadorim, desenhado pela jornalista, editora e ilustradora Lívia Araújo, que ingressou na equipe no início de 2020. O trabalho homenageia a enigmática personagem do livro “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e que dá nome à editora, e faz também faz um tributo ao artista paranaense Poty Lazzarotto, com pequenos ícones que remetem ao mapa das andanças de Riobaldo pelo sertão, na segunda edição do livro em 1958. O selo fará parte do colofão da editora na última página dos livros da Diadorim, junto com as especificações técnicas dos títulos.

Flávio Ilha, um dos três parceiros da Diadorim, diz que não esperava chegar tão longe. “São mais de 30 títulos, um número muito bom para uma editora independente, sem capital, que publica livros de poesia e ficção de autores pouco ou nada conhecidos. Os leitores entenderam isso e apoiaram a linha editorial desde o início, o que nos deu ânimo para prosseguir. Mesmo durante a pandemia, quando os lançamentos presenciais foram cancelados, mantivemos nosso objetivo de seguir publicando, apesar de todas as dificuldades econômicas. E vamos continuar. Acreditamos que é uma forma de resistir à tragédia que é o governo Bolsonaro, com suas políticas de ódio e violência direcionadas a quem almeja um país menos desigual e mais democrático”, pontua.

Somando-se a esse catálogo, a Diadorim tem no prelo livros que serão lançados entre os meses de novembro e dezembro, prestes a iniciar a pré-venda em livrarias de rua da Capital gaúcha como Baleia, Bamboletras e Taverna. Os quatro primeiros são:

– “Aquarela Brasileira”, de Juarez Fonseca, com entrevistas de personalidades da cena cultural brasileira durante os anos de 1970: estrelando Elis Regina, Caetano Veloso, Teixeirinha, entre outros. A pré-venda é pela livraria Bamboletras.

– “Bonequinha de Lixo”, romance de Helena Terra, com pré-venda exclusiva pela Taverna;

– “Imaginar o Amanhã”, com ensaios e crônicas dos psicanalistas Abrão Slavutzky e Edson Luiz André de Souza. A pré-venda também é pela Bamboletras.

– “O Caderno dos Sonhos de Hugo Drummond”, romance do cineasta Carlos Gerbase, com pré-venda pela Livraria Baleia.

A Diadorim também está preparando a publicação de “Rotas do Fascínio”, romance histórico do austríaco Michael Desser, traduzido por Nanete Ávila Desser e publicado postumamente pela editora, com previsão de lançamento no início de dezembro.

Enfim, gente, o clima na casa é de um otimismo cauteloso e de muita esperança na literatura!