Os diretórios tucanos do Rio Grande do Sul, Ceará, Minas Gerais e Bahia apresentaram, nesta quinta-feira, 21, uma representação à Comissão Executiva Nacional do PSDB pela suspeita de fraude na inscrição de eleitores aptos a votar nas prévias presidenciais do partidos. Os quatro diretórios são aliados do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e alegam que pelo menos 51 prefeitos e 41 vice-prefeitos de São Paulo, ligados ao governador João Doria, teriam apresentado datas de filiação ao PSDB diferentes da realidade, apenas para poderem participar da votação do partido.
Para poder votar nas prévias, os novos filiados precisam ter entrado na legenda até 31 de maio. E isso aconteceu entre o grupo considerado suspeito por esses quatro diretórios. A reclamação é que a data da filiação aparece “legítima” no Tribunal Superior Eleitoral porque os diretórios municipais e estaduais têm a liberdade de enviar o dado que quiser para a Justiça Eleitoral. A alegação é que essas filiações teriam ocorrido depois da data limite e teriam sido ajeitadas na hora do envio ao TSE para permitir que o grupo estivesse legalizado para as prévias.
Como a comunicação das filiações junto ao TSE tem uma flexibilidade e não precisa ser feita exatamente no dia em que o político entra no partido, cabe aos diretórios informarem ao tribunal quando ela ocorreu. Ou seja, para o TSE vale o que for comunicado pelo partido.
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