Mais de 40 diretórios acadêmicos e movimentos sociais encaminharam nesta sexta-feira uma carta-manifesto à reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na qual pedem a expulsão do doutorando Álvaro Hauschild, indiciado por racismo, e cobram prioridade ao caso. O documento também foi submetido ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPG-Filosofia) e ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
Na carta à qual o GLOBO teve acesso, estudantes e entidades exigem um “firme e real compromisso da universidade ao enfrentamento de qualquer ato de discriminação racial” e afirmam que não basta emitir notas de repúdio. O grupo pede ainda que o processo disciplinar instaurado seja tratado com celeridade.
“Não há mais qualquer espaço, dentro ou fora da Universidade, para a repugnante e esdrúxula ideia de supremacia racial! É exaustivo e inaceitável que se aceite esse pensamento ou que se permita que ganhe espaço em nossa sociedade. Não podemos aceitar que exista ideias tão cruéis afirmando que uma ‘etnia deve ser superior a outra” ou qualquer outra concepção de que “o discurso de ódio se configure como opinião’. Isso não faz parte de uma democracia fundada em direitos fundamentais, razão pela qual não deve ser tolerado”, diz a carta.
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