Milhares de manifestantes protestaram neste sábado (20) em Viena, na Áustria, contra o confinamento parcial em vigor no país e o lockdown nacional previsto desta segunda-feira (22) até 13 de dezembro. As medidas visam conter a rápida propagação da pandemia. A manifestação foi convocada pelo partido de extrema direita FPO, embora seu líder Herbert Kickl, que testou positivo para o coronavírus, estivesse ausente.
A multidão, reunida no centro da capital austríaca perto da sede do governo, agitava faixas denunciando “a ditadura do corona” ou mesmo dizendo “não à divisão da sociedade”, em referência aos não vacinados que, há uma semana, só podem sair de casa para comprar comida, ir ao médico ou à farmácia.
Um forte contingente policial foi mobilizado para acompanhar o protesto, pois a polícia temia a chegada de ativistas neonazistas e hooligans. Apesar da relutância de uma parte dos austríacos em aceitar as restrições, o governo prepara uma lei para tornar obrigatória a vacinação de todos os adultos a partir de 1º de fevereiro de 2022. Os refratários estarão sujeitos a sanções.
O chanceler conservador Alexander Schallenberg se desculpou com os vacinados por terem de aceitar restrições “drásticas”. Ele também criticou “as forças políticas que se opõem veementemente à vacinação”, denunciando um “ataque ao nosso sistema de saúde”.
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