Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Saúde orienta sobre raiva em morcego no bairro Tristeza nesta quinta

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Porto Alegre tem confirmados três casos de raiva em morcegos neste ano, todos no segundo semestre. Divulgação SMS/PMPA

 

 

Nesta quinta-feira, 9, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizará ação no bairro Tristeza, com agentes de combate a endemias e agente comunitário de saúde, para orientação da comunidade sobre raiva em morcego. O trabalho será em dois turnos, num raio de 300 metros a partir do local onde um morcego foi capturado em novembro e a doença foi confirmada no animal. O ponto de encontro será US Tristeza, na av. Wenceslau Escobar, 2442, às 9h.

Porto Alegre tem confirmados três casos de raiva em morcegos neste ano, todos no segundo semestre. Além do caso na Tristeza, em junho e agosto, as ocorrências foram em Teresópolis e no Bom Fim, respectivamente.

Os morcegos encontrados em construções humanas, na grande maioria, são insetívoros e formam grandes colônias, sendo abrigos mais comuns forros, porões, persianas de janelas e vãos entre ar-condicionado. O maior incômodo gerado pela presença é o odor das fezes.

No Rio Grande do Sul, esses problemas são mais frequentes na primavera e no verão, que é o período de reprodução e criação dos filhotes. Por isso, e considerando que eles são animais silvestres protegidos por lei, o período recomendado para o manejo de colônias é o de outono e inverno, quando não há filhotes recém-nascidos.

A prefeitura trata o tema “morcegos” com dois setores. Informações sobre colônias do animal e orientação para desalojá-las estão disponíveis na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smamus), no setor de fauna silvestre. Já morcegos encontrados com comportamento compatível com a infecção pela raiva (caído no chão ou pendurado em objetos durante o dia) devem ser notificados para a SMS à Equipe de Vigilância de Antropozoonoses (Evantropo), via Serviço 156, durante as 24 horas, ou pelo telefone 3289-2459, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A Evantropo também deve ser notificada quando o morcego tiver contato com uma pessoa ou animal.

A ocorrência de morcegos com raiva mostra que o vírus está circulando na cidade. Este monitoramento é importante para prevenir que cães e gatos sejam contaminados e, consequentemente, para que não haja transmissão para humanos. Para os tutores de cães e gatos, a orientação é mantê-los vacinados contra a raiva anualmente. Cães e gatos têm hábitos de caça, podendo entrar em contato com morcegos contaminados, ocasionalmente.

Nunca se deve tocar nos morcegos que eventualmente adentrem as edificações ou apareçam caídos no chão. Neste caso, a recomendação, se possível, é imobilizar o animal, jogando um pano ou caixa emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso. Em seguida, entrar em contato com o serviço 156, que enviará equipe para retirar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial de raiva e identificação da espécie. Se o animal estiver voando normalmente, mas dentro de casa, a recomendação é abrir janelas e apagar as luzes, para facilitar a saída.

Ciclo de vida – Como todo mamífero, os filhotes dos morcegos são gerados no útero das mães. A gestação dura de 2 a 7 meses, dependendo da espécie, gerando, normalmente, um filhote a cada gestação. O animal possui expectativa de vida alta, variando entre 10 e 30 anos, podendo chegar a 40 anos. A alimentação dos morcegos varia conforme a espécie. Existem os que se alimentam de frutos (frugívoros), de néctar e pólen das flores (nectarívoros), de insetos (insetívoros), de pequenos vertebrados (carnívoros) e sangue (hematófagos).

Edição: Patrícia Coelho

Texto: Andrea Brasil