Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Juiz do caso Kiss diz que buscou julgamento sereno e sem risco de anulação; Folha de São Paulo

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Orlando Faccini Neto presidiu o júri que condenou 4 réus pela tragédia com 242 mortes. O juiz Orlando Faccini Neto, que conduziu o júri pelas 242 mortes ocorridas na boate Kiss, em Santa Maria (RS), em 2013 - Juliano Verardi/Imprensa TJRS

 

 

O juiz Orlando Faccini Neto, que comandou o julgamento da tragédia da boate Kiss, diz concordar com o desfecho do Tribunal do Júri após dez dias de sessões e afirma que seu grande objetivo foi alcançar um resultado que “não contenha risco de anulação”.

Para isso, diz ele, buscou “garantir que, diante de uma situação tão difícil, o julgamento se concretizasse em bases racionais, jurídicas, dentro de um cenário de serenidade, equilíbrio”.

Ele procurou manter horários regulares para os jurados e atendeu a pedidos deles para ver uma partida de futebol ou ter acesso a um baralho. As broncas que distribuiu entre as partes, acusação e defesa, algumas virais na internet, foram para garantir a conclusão dos trabalhos, afirma.

Na última sexta (10), o juiz anunciou a condenação dos quatro réus acusados por homicídio e tentativa de homicídio por dolo eventual no incêndio que, quase nove anos atrás, deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. As penas chegam a 22 anos de prisão.

A decisão partiu do corpo de sete jurados. O magistrado tinha três sentenças encaminhadas, baseadas nas teses apresentadas pelas partes: absolvição, desclassificação (retirando o dolo) ou condenação.

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