Com o objetivo de avaliar alternativas de reassentamento para as famílias e também possíveis soluções para demandas de drenagem, o prefeito Sebastião Melo, acompanhado do vice Ricardo Gomes, de técnicos e titulares de órgãos municipais, vistoriou nesta sexta-feira, 24, véspera de Natal, áreas de risco de Porto Alegre. (fotos)
O roteiro coordenado pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) abrangeu pontos do Arroio Moinho, cuja área mais crítica é a rua da Represa, e do Arroio Mem de Sá.
Também foi visitada a Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) Silvio Brum, na av. Sertório, contemplada no conjunto de intervenções futuras da Macrodrenagem do Arroio Areia.
A região da rua da Represa, no bairro São José, tem ocupações às margens do Arroio Moinho, em áreas impróprias para a moradia.
O município trabalha em um plano para atuar de maneira preventiva em áreas de risco. Nesta região, para ocorrer qualquer obra é necessária a remoção das famílias.
O Dmae busca investimentos e faz atualização de projetos que contemplam a execução de galerias e redes de drenagem e obras de macrodrenagem.
“Intensificamos serviços de manutenção corretiva e preventiva das redes de drenagem existentes. Eles não são suficientes e vamos seguir buscando recursos e desenvolvendo projetos maiores, com planejamento conjunto com as desapropriações necessárias, para amenizar o déficit de drenagem da cidade, que precisaria mais de R$ 3 bilhões em investimentos para suprir esse problema”, destaca o prefeito Sebastião Melo.
Neste ano, além da remoção de resíduos descartados irregularmente, a prefeitura realizou em junho a mudança de cinco famílias desta região. Em julho, duas famílias da rua da Represa passaram a viver no Condomínio Clara Nunes, no bairro Restinga.
“Essa área também será beneficiada com o contrato de dragagem para a limpeza e desassoreamento de arroios licitado pelo Dmae, prevista para começar no primeiro semestre de 2022”, informa o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia.
Arroio Mem de Sá – O bairro Bom Jesus sofre com históricos alagamentos pela falta de vazão das águas da chuva. No local também há a construção desordenada de moradias por cima do Arroio Mem de Sá.
“Nas margens do arroio também são depositados irregularmente uma grande quantidade de resíduos sólidos. Para amenizar, uma das medidas adotadas é a implantação de paliteiros (gradis), que servem como proteção para impedir que o lixo entre na tubulação da rede de drenagem”, explica Garcia.
Em 2021, o Dmae realizou ações de limpeza para a remoção de plásticos, sacolas, isopores, tecidos e outros resíduos domésticos que são descartados irregularmente no local.
As equipes também fizeram desassoreamento e limpeza de poços de visitas e reconstrução das grades de concreto de 11 metros de alvenaria nas margens (paliteiros).
O arroio também receberá ações de dragagem prevista em contrato licitado pelo Dmae para ocorrer no início de janeiro de 2022.
O Arroio Mem de Sá pertence à bacia do Arroio Dilúvio. O curso d’água encontra-se canalizado e com ocupação das margens. O Plano Diretor de Drenagem Urbana ressalta a necessidade de desapropriações para construção de reservatórios e restaurar o canal natural.
Obras – A obra de ampliação e reforma da casa de Bombas Silvio Brum, na av. Sertório, é uma das 26 intervenções da Macrodrenagem do Arroio Areia que estão em andamento.
O objetivo é amenizar alagamentos históricos e acúmulos de água em 14 bairros das zonas Leste, Norte e Noroeste.
No total, serão investidos cerca de R$ 108 milhões, provenientes do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) com R$ 1,3 milhão de contrapartida da prefeitura.
Texto: Isabel Lermen e Matheus Beust
Edição: Gilmar Martins
