O Tribunal de Justiça do RS, representado pelo Juiz-Corregedor Luís Antônio de Abreu Johnson, participou na quinta-feira (23/12) da solenidade que marcou a assinatura de um acordo de cooperação inédito do Estado com a Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento Social (Fuvates), entidade mantenedora da Universidade do Vale do Taquari (Univates). O objetivo é oferecer bolsas em cursos de graduação para apenados e apenadas de estabelecimentos prisionais localizados na região (Presídios de Lajeado, Arroio do Meio e Encantado).
O evento ocorreu no Teatro da Univates, em Lajeado, e o magistrado representou a Administração do TJRS e a Corregedoria-Geral da Justiça. Também participaram da mesa de autoridades o Governador Eduardo Leite, o Prefeito de Lajeado Marcelo Caumo, o Presidente da FUVATES, Ney José Lázaro, a Reitora da UNIVATES, Evânia Rosa, o Deputado Matheus Wesp, o Secretário de Desenvolvimento econômico, Deputado Edson Brum e o Secretário da SEAPEN, Mauro Hauschild.
Participaram como convidados a Juíza de Direito da Vara de Família do Foro de Lajeado, Débora Gerhardt de Marque, o Promotor de Justiça Sérgio Diefenbach, representando o MP, além de outras autoridades da área acadêmica, jurídica e política do Vale do Taquari,
O acordo prevê a colaboração e o intercâmbio de atividades de ensino, pesquisa e extensão durante 60 meses. Serão realizados também projetos que incluem práticas educacionais, sociais e culturais envolvendo o sistema prisional. Inicialmente, serão oferecidas cinco bolsas integrais de estudo na modalidade de ensino à distância para pessoas presas.
A seleção será feita em conjunto pela Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS),pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e Univates através de processo de seleção.
Conforme o Juiz Johnson, a iniciativa é muito importante e vai colaborar para a promoção da paz social.
“A qualificação do reeducando com o ensino superior, sem dúvida facilitará a sua ressocialização. Um dos grandes desafios hoje do sistema prisional é devolvê-lo à sociedade de forma que seja útil e conviva bem com seus semelhantes. Então, é uma iniciativa que merece todas homenagens e será acompanhada e apoiada pelo Poder Judiciário”, destacou o magistrado.