A temporada da alta-costura foi concluída nesta sexta-feira (28) com uma homenagem a Pierre Cardin. O sobrinho do estilista morto há um ano está à frente da maison e decidiu relançar a empresa com um desfile em um cenário inusitado, diante de foguetes de verdade. A apresentação misturou inspiração futurista e elementos da natureza. Modelos vindos da Guiana Francesa foram escolhidos especialmente para a ocasião.
Os desfiles de alta-costura são sempre um momento de festa. Essa especificidade francesa, que duas vezes por ano atrai jornalistas, celebridades e um punhado de clientes endinheiradas, é tradicionalmente marcada por eventos paralelos, aproveitando um calendário mais curto e menos sobrecarregado que o do prêt-à-porter.
Mas este ano a vontade de celebrar parecia ainda mais presente. Apesar da França estar atravessando a 5ª onda da pandemia de Covid-19, com uma média de mais de 300 mil novos casos de coronavírus diários, mais da metade das maisons inscritas no calendário oficial decidiram realizar um desfile tradicional ou uma apresentação, com até centenas de convidados na plateia. Depois de três temporadas de performances virtuais, a indústria da moda parecia estar disposta a sair da frente das telas e reviver a emoção dos desfiles.
Algumas marcas ainda se mostraram reticentes, como a italiana Armani que jogou um balde de água fria logo no início do ano ao avisar que não iria desfilar. Mesmo assim, aos poucos a maratona da moda retomou seu ritmo festivo, como foi visto esta semana em Paris.
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