O repórter Igor Gielow, na Folha de São Paulo, mostra que os líderes da China e da Rússia formalizaram nesta sexta-feira (4) uma aliança que vinha ganhando corpo nos últimos anos contra as políticas ocidentais personificadas na agenda dos Estados Unidos, apontada como “abordagem ideologizada da Guerra Fria”.
Assim, Xi Jinping e Vladimir Putin concordaram em um comunicado em denunciar a expansão da Otan, a aliança militar ocidental, que está no cerne da grave crise em curso na Ucrânia, e também os pactos militares americanos na região do Indo-Pacífico.
Esses são os exemplos mais vistosos, mas não únicos, do texto de 5.300 palavras em russo divulgado pelo Kremlin, do que ambos os líderes chamaram de “amizade sem limites” entre Pequim e Moscou. Algo “sem precedentes”, na voz de Putin.