A Cuentos y Circo, focada em desenvolver canais de YouTube, vive um novo momento em seus 10 anos de existência: fomentar de forma on-line o meio artístico, em especial o setor de Dança e Música. Essa poderia ser considerada uma tarefa improvável, se a transmissão de eventos ao vivo pela internet não fosse a forma encontrada por muitos artistas para se conectar ao público. Os sócios da agência, Fernando Puhlmann e Giovanna Alvarenga, elaboram três mentorias para artistas e prevem projetos inovadores na área no Rio Grande do Sul.
Em entrevista ao Coletiva.net, Fernando admitiu que mergulhar no meio cultural é um grande desafio: “O artista sempre viveu da energia do público. Estamos misturando o físico com o digital neste meio e propondo um olhar diferente, uma nova forma de monetizar”, comentou.
‘Sul em Dança’
Uma das clientes do novo segmento foi a diretora do ‘Sul em Dança’, Margit Kolling. Na 18ª edição, o evento, que ocorrerá, em maio, em São Leopoldo, movimenta mais de 5.200 bailarinos, estudantes e profissionais da área cultural, além do público e familiares durante os dias de apresentações no Teatro do Sesi.
Assim como o ‘Sul em Dança’, os demais projetos culturais aos quais Cuentos y Circo está envolvida estão ligados a programas fomentados pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). É o caso do RS Criativo, que atua na promoção do desenvolvimento socioeconômico sustentável e integrado do Estado, por meio do fortalecimento de cadeias e arranjos produtivos relacionados à economia criativa
Sócia-fundadora da agência, Giovanna Alvarenga explicou que o objetivo é incentivar os artistas a investirem no YouTube por ser um importante canal de divulgação: “A internet serve como uma vitrine e pode gerar receita, não diretamente com os vídeos, em razão dos direitos autorais, mas de outras formas. Isso que orientamos na mentoria. Estimular novos negócios desta forma é algo novo no meio artístico”, contou.
Comunicação e Flamenco
Ela citou como exemplo o espetáculo ‘Fueguitos’, do coletivo Flamenco RS idealizado de forma cooperativa e integrada da qual participou como produtora executiva e artista. Pela primeira vez, 10 núcleos de dança flamenca do Rio Grande do Sul reuniram mais de 30 artistas e técnicos, e, juntos, apresentaram-se no teatro da Santa Casa, com público híbrido, entre presencial, com ingressos à venda por R$ 50, e on-line, com bilhetes que custavam R$ 10. “É a chance de alcançar novos públicos, inclusive pessoas de fora do Estado”, argumentou.
Captar clientes por meio da dança Flamenca une duas paixões de Giovanna, que é bailarina profissional. Ela falou com orgulho sobre a mentoria feita para a professora de dança Andréa Franco. “Vivemos de movimentos e poder trabalhar neste momento com a Comunicação e com a arte me deixa muito feliz”, finalizou.
