Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Pré-candidatos à Presidência definem 'alvos' em campanha: conheça as estratégias de Lula, Bolsonaro, Moro, Ciro e Doria; O Globo

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Equipes dos presidenciáveis já definiram aqueles que têm maior potencial de lhes tirar votos na corrida pelo Planalto; avaliação leva em conta pesquisas e cenário político Julia Lindner, Jussara Soares, Camila Zarur e Bianca Gomes. Lula, Bolsonaro, Moro, Ciro e Doria Foto: Editoria de Arte com fotos Agência O Globo

 

 

Com a pré-campanha antecipada e a largada já dada no início do ano eleitoral, os principais pré-candidatos à Presidência da República já começaram a definir seus alvos preferenciais, aqueles que têm maior potencial de lhes tirar votos na corrida pelo Planalto ou contra os quais seja mais vantajoso debater. A avaliação das campanhas leva em conta pesquisas encomendadas e o cenário político, e dá o tom dos embates públicos dos próximos meses. Principais antagonistas nos últimos anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) tem coincidido na estratégia de evitar brigas diretas com adversários que pontuam menos em intenção de votos. Já nomes da chamada terceira via, como Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB), têm atirado para cima e para os lados na esperança de surpreender e chegar ao segundo turno.

Líder das pequisas até aqui, Lula mira a maioria de suas críticas no atual governo. Com frequência, evita personificá-las. O objetivo é fazer a comparação entre as duas gestões, a dele e a atual. Embora enxergue em Moro um adversário inevitável, já que o pré-candidato do Podemos foi o juiz responsável por suas condenações na Operação Lava-Jato, posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Lula tenta não rivalizar com o ex-magistrado diretamente para não alavancá-lo. Quando o faz, lança mão de teses como dizer que ele agiu na Lava-Jato a serviço dos Estados Unidos para quebrar os principais setores industriais do país. Em outra frente, a campanha do PT ficou incomodada com alguns ataques feitos por Ciro Gomes ao partido, mas Lula evitou reagir. Aliados dizem que o petista ainda conserva respeito pelo adversário, que foi seu ministro. Outros alimentam esperança de que, diferentemente do que ocorreu em 2018 em relação a Fernando Haddad, Ciro apoie Lula num eventual segundo turno.

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