A partir da próxima segunda-feira, 14/02, começam as aulas na rede privada de ensino do Rio Grande do Sul. Pesquisa realizada pelo Sindicato do Ensino Privado (SINEPE/RS), com 109 instituições mostrou que o retorno está dividido entre as semanas de 14 e 21/02. Nas regiões Planalto, Serra, Vale do Taquari, Vale do Sinos e Noroeste do Estado, por exemplo, as escolas já começam na próxima segunda-feira. Já, em grande parte das instituições da região Metropolitana, Vale do Rio Pardo e regiões Centro e Sul do Estado o retorno está previsto para 21/02. O SINEPE/RS lembra que as instituições têm autonomia para definir o seu calendário escolar, e consequentemente, o início das aulas, desde que cumpram com os 200 dias letivos.
As aulas serão 100% presenciais com a opção de estudos domiciliares somente para alunos com Covid-19 ou atestado médico. Segundo dados do Censo da Educação Básica, a rede privada gaúcha conta com 425 mil alunos, 628 escolas de Ensino Fundamental e Médio, 27 mil professores e aproximadamente 33 mil funcionários.
Para o presidente do SINEPE/RS, Bruno Eizerik, o retorno às aulas tem um sentido especial nesse ano de 2022. “Depois de quase dois anos com nossas escolas funcionando em sistema remoto, é muito bom retornar com todos os alunos ao ensino presencial. Essa convivência entre os estudantes é fundamental não só para a aprendizagem, mas para o fortalecimento das relações sociais e desenvolvimento das habilidades socioemocionais, tão prejudicadas com a pandemia”, destaca. Ele lembra que embora as instituições estejam com praticamente 100% de professores e funcionários vacinados e a imunização já esteja chegando para as crianças, os cuidados irão continuar. “Seguem valendo os protocolos já adotados no ano passado como uso de máscara, higienização frequente dos ambientes, manter as salas ventiladas e evitar aglomerações, conforme Nota Informativa do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, publicada em 31/01”. O uso de máscara por crianças a partir de 03 anos, que havia deixado de ser obrigatório no final do ano passado, voltou a ser exigido neste documento. Já, o distanciamento mínimo de um metro entre os alunos não é mais obrigatório desde o final do ano passado.
Quanto à apresentação do passaporte vacinal das crianças, o dirigente informa que as escolas não devem exigir uma vez que a vacina contra a Covid-19 não está na lista de vacinas obrigatórias exigidas pelo Ministério da Saúde e também não está sendo exigida pelo Governo do Estado, no ato da matrícula. “A exigência só poderá ser feita se existir alguma norma municipal”, esclarece o presidente. Ele complementa que o Sindicato é favorável à vacinação e entende que, nesse momento, o papel das instituições de ensino é de conscientizar as famílias para a importância da vacina.