Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Em vez de cair, Bolsonaro recupera pontos lentamente e não está fora do segundo turno, por Eliane Cantanhêde/O Estado de S.Paulo

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Alta rejeição não define a derrota de Bolsonaro desde já, ele não é um adversário fácil nem o Centrão está prestes a abandonar o barco; assim como o trumpismo nos EUA, o bolsonarismo está enraizado no Brasil. Ex-presidente Lula mantém a liderança nas pesquisas, mas a distância para Bolsonaro vai lentamente diminuindo e o sonho de vencer em primeiro turno vai se dissipando, como a estratégia do centro, que imaginava passar Bolsonaro e disputar o segundo turno com Lula, inclusive com apoio do eleitorado bolsonarista. Foto: Gabriela Biló/Estadão

No dia seguinte ao Festival da Ovelha, banhistas de Atlântida, no Rio Grande do Sul, divertiam-se fazendo churrasco na areia da praia. Cena inusual, digna de curiosidade e elogio. Mas o dono de uma das barracas reagiu mal, ao ver que a curiosa era de Brasília: “Sai ‘pra’ lá! Vai comer churrasco com o Lula!”

Isso mostra várias coisas: a politização de tudo, a grosseria de certos bolsonaristas, a força do “mito” no Sul e que, se adversários acham que o presidente Jair Bolsonaro já perdeu, estão enganados. Assim como o trumpismo nos EUA, o bolsonarismo está enraizado no Brasil.

Quem vai ao Rio se depara com a bandeira brasileira em casas, apartamentos e negócios da zona norte, da zona sul, da região dos Lagos, com o uso irritante dos símbolos nacionais na campanha de Bolsonaro, que tem base eleitoral no Estado. E quem tem endereço ou família no Centro-Oeste ou no interior – de Minas, por exemplo –, testemunha com espanto, ou medo, o quanto o bolsonarismo “pegou”.

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