“Em 2004, depois de ouvir maravilhas sobre o Piauí, o empresário Ivoncy Ioschpe comprou 14 mil hectares na região. Três anos mais tarde, decidiu criar fazendas e contratou a Insolo, uma consultoria que desenvolvia tecnologia de alta precisão para o Cerrado”. A parceria deu tão certo que, em 2008, a Insolo foi comprada pelos Ioschpe e se tornou a Insolo Agroindustrial, a maior investidora do Piauí.
A notícia, publicada no jornal O Estado de S. Paulo de 23 de janeiro de 2011 ilustra o caráter empreendedor e o senso de oportunidade de Ivoncy Ioschpe, um dos fundadores do grupo Ioschpe-Maxion e do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi), falecido, hoje, aos 81 anos de idade. “Ivoncy era muito empreendedor. Quando o conhecido nos anos 1980, ele já havia diversificado muito os negócios da família, que haviam começado com madeira, no Rio Grande do Sul, e já incluíam desde a fábrica de tratores Massey Fergusson, até uma sociedade com a Hewlett-Packard”, recordou Eugenio Staub, CEO da Gradiente Eletrônica, e antecessor de Ioschpe na presidência do Iedi, até 2003. “Ele era um grande empresário, uma pessoa muito inteligente, muito equilibrada e muito preocupada com as grandes questões nacionais e com o desenvolvimento nacional”, sublinhou Staub.
Além de pioneiro da industrialização do Brasil, Ioschpe atuou politicamente na luta pela redemocratização do País, integrando o grupo de empresários reunidos no Fórum de Líderes do extinto jornal Gazeta Mercantil. “Acho que ele morreu triste pelo que o Brasil se tornou”, lamenta o professor e colunista de CartaCapital Luiz Gonzaga Belluzzo.
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