Declarações simpáticas a Vladimir Putin por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pressões do agronegócio têm sido determinantes para que o Itamaraty inclua em suas manifestações oficiais na ONU sobre o conflito na Ucrânia acenos à Rússia, disseram à Folha interlocutores no governo.
Nos últimos dias, o governo Bolsonaro endossou resoluções no sistema das Nações Unidas que condenam a invasão do território ucraniano por forças russas. Mas o Ministério das Relações Exteriores tem colocado em declarações sinalizações que contemplam argumentos defendidos pelo governo de Putin, num movimento que preocupa diplomatas americanos e aliados.
Interlocutores dizem que as posições do Itamaraty têm sido definidas no mais alto nível e passado pelo crivo do Planalto. Em alguns casos, o ministro da Defesa, Braga Netto, também é chamado a opinar.
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