O general da reserva Joaquim Silva e Luna foi apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro como alguém que iria “surpreender positivamente” no comando da Petrobras. Primeiro militar a comandar o ministério da Defesa — durante o governo Michel Temer —, Silva e Luna deixou a diretoria-geral da usina hidrelétrica de Itaipu para assumir uma das maiores petroleiras do mundo.
Um ano depois de encarar essa missão, o general “surpreendeu negativamente” Bolsonaro ao não ceder a pressões políticas para reduzir o preço de combustível em um ano eleitoral. Demitido, Silva e Luna revela ao GLOBO uma mágoa com a sua fritura e com a forma como foi defenestrado do cargo.
— O que afeta a biografia, o que afeta a reputação, são valores sagrados a nós. Eu confesso que fiquei apreensivo com isso. Alguns amigos militares também fizeram contato, alguns de mais alto nível das Forças Armadas, de ex-comandantes de Força. Houve uma compreensão, com expressões do tipo “está saindo melhor que entrou”. Eu tinha essa preocupação. Leva-se muitos anos para construir uma biografia e depois ver rasgada de forma que não é responsável é ruim. Isso foi a única coisa que me incomodou, porque considero isso um bem sagrado meu — desabafou.
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