Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
img

Delatores da Lava Jato querem anular acordos e receber dinheiro de volta; O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Derrotas impostas pelo STF à operação, com soltura de réus, levam colaboradores a cogitar questionamento de tratos feitos na Justiça; decisão de Gilmar anima defesas. Pedro Corrêa, condenado no mensalão e na Lava Jato, cumpre pena em seu apartamento, no Recife; ele cogita pedir anulação de delação Foto: Leo Caldas/Estadão

 

 

Executivos de empreiteiras, doleiros e políticos dizem reservadamente que, entre os principais motivos para pedir a anulação dos processos nos quais respondem por corrupção e lavagem de dinheiro, estão pesadas multas impostas pela Receita com base em suas confissões. Para delatores, elas extrapolam valores acertados e descumprem termos que definiam os montantes a serem devolvidos no escândalo de desvios na Petrobras.

Paira ainda a sensação entre delatores de que eles são os únicos punidos enquanto réus delatados ficam livres de punição. Esse movimento no Judiciário teve o ponto de partida em 2019, com a anulação da condenação do ex-presidente da petroleira Aldemir Bendine, e culminou na soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje pré-candidato ao Planalto, e na suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.

Na lista de insatisfeitos estão executivos da Odebrecht, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, o ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Leia mais em O Estado de São Paulo