Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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IPHAN aprova registro das ‘lidas campeiras’ como patrimônio imaterial brasileiro, por Marco Weissheimer/Sul 21

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A pecuária familiar é uma das principais atividades econômicas dos moradores da região onde foi realizado o inventário. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

 

 

A Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) aprovou o registro da Lida Campeira nos Campos de Bagé e do Alto Camaquã como Patrimônio Imaterial Brasileiro. O Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) – Lida Campeira nos Campos Dobrados do Alto Camaquã foi realizado por pesquisadores dos cursos de graduação e pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com o IPHAN, que cedeu a metodologia e financiou a primeira fase da pesquisa.

Instrumento criado pelo IPHAN em 2000, o inventário é um instrumento que busca reconhecer saberes, lugares, formas de expressão e celebrações como patrimônio cultural imaterial. Realizado por uma equipe interdisciplinar, o Inventário Lidas Campeiras buscou identificar e valorizar os detentores dos saberes e fazeres e documentar essa lidas em uma área do Rio Grande do Sul, localizada na Serra do Sudeste. O trabalho pesquisou relações humanas, animais, objetos, ambientes, grupos de habitantes e outros aspectos que caracterizam essas lidas.

O trabalho realizado pelos pesquisadores pode ser acessado no blog do Inventário Lida Campeira. Esse trabalho está dividido em duas partes: o inventário da Lida Campeira na região de Bagé e o inventário na região do Alto Camaquã. O primeiro, realizado de 2010 a 2012, abrange o trabalho de campo realizado nos municípios de Arroio Grande, Pelotas, Bagé, Hulha Negra, Herval, Aceguá (Brasil), Acegua (Uruguai), Jaguarão e Piratini, investigando relações que envolveram os caminhos das tropas, que percorreram o território colonial e imperial, levando e trazendo bens culturais para a lida; a criação de gado nas propriedades rurais do pampa; o transporte destes animais da campanha de Bagé para o abate nas charqueadas de Pelotas.

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