Muitos agrotóxicos proibidos em países da União Europeia (UE), nos Estados Unidos (EUA), e no Reino Unido são liberados no Brasil. Somente no último dia 26, ato do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou o registro de 26 novas marcas dos químicos. Um deles, inclusive, passa por reavaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que pode proibir seu uso. O fungicida se chama carbendazim e é suspeito de provocar malformações em fetos e está associado ao desenvolvimento de câncer.
Além do carbendazim, muito usado em plantações como as de soja, feijão e arroz, os agroquímicos imidacloprido e tiametoxam estão liberados no Brasil. Os três são proibidos na UE. O imidacloprido é vedado nos EUA desde 2010. O governo ainda concedeu registro a marcas de agrotóxicos à base de acetamiprido, banido na França, e de epoxiconazol, vetado na França e no Reino Unido.
Desses princípios ativos, o imidacloprido, o tiametoxam e o acetamiprido foram banidos por esses países por prejudicarem a atividade de insetos polinizadores, como as abelhas. Os dois primeiros foram proibidos na UE, em 27 de abril de 2018, e o último, na França, em 1º de setembro de 2018. Já o fungicida epoxiconazol está relacionado com problemas hormonais nos humanos e foi vetado na França, em 28 de maio de 2019.
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