Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Pasquim e seu choque de egos revolucionaram a imprensa, mostra livro; Folha de São Paulo

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'Rato de Redação' lembra como leitores aprovaram a liberdade, o humor debochado e a incorreção política em plena ditadura. O jornalista Tarso de Castro/Divulgação

 

 

“Rato de Redação: Sig e a História do Pasquim”, de Márcio Pinheiro, revela como o choque de egos entre Tarso de Castro e Millôr Fernandes foi decisivo para que o jornal vivesse seus dois melhores momentos —aqueles que revolucionaram a imprensa brasileira.

Tarso é a força motriz da fase inaugural. Ao lado de outro fundador, o cartunista Jaguar, fez com a aventura –abrir uma publicação alternativa durante o período mais opressor da ditadura militar– virasse um fenômeno que surpreendeu a vaidade, o talento e a porra-louquice deles próprios.

Com 16 semanas de existência, o jornal em que jornalistas eram patrões chegou a 80 mil exemplares vendidos; dali a pouco, atingiria a marca dos 200 mil. Sob o coturno do AI-5, os leitores aprovaram a liberdade temática, o humor debochado, a incorreção política, a linguagem coloquial (não parecia escrito, mas falado) e –por que não?– certo desbunde.

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