Os cinco partidos mais beneficiados pelo orçamento secreto — PP, PL, PSD, União Brasil e Republicanos — destinaram cerca de R$ 8,4 bilhões por meio das chamadas emendas de relator, em que congressistas indicavam como e onde o Executivo federal deveria gastar parte do seu orçamento, sem serem identificados. O valor representa mais de 75% dos R$ 11 bilhões que constam nos documentos entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em cumprimento a uma decisão da Corte. Três dessas siglas, PP, PL e Republicanos, compõem o centrão, bloco de apoio ao governo no Congresso.
O PP, partido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi o que mais destinou recursos nas emendas de relator. Foram mais R$ 2 bilhões indicados por 55 parlamentares da sigla. A mãe do ministro, senadora Eliane Nogueira (PI), indicou sozinha quase R$ 400 milhões do orçamento decreto — ficando em segundo lugar do ranking dos congressistas que mais apadrinharam emendas.
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