O consenso entre os meteorologistas até ontem era de que o ciclone que vai atingir hoje o Rio Grande do Sul seria subtropical (centro quente em superfície e frio em altitude), mas dados que hoje ingressaram mostram que o sistema pode ser tropical. Já com base nos dados de modelos da madrugada e manhã de hoje, a MetSul Meteorologia cogitava um ciclone tropical na costa.
Um ciclone tropical, de centro quente, é gênero para três tipos conforme o vento sustentado: depressão tropical (30 km/h a 60 km/h), tempestade tropical (60 km/h a 120 km/h) e furacão (acima de 120 km/h). Os dados dos modelos ao longo desta segunda indicaram o ciclone com vento sustentado na faixa de forte tempestade tropical, mas com rajadas com força de furacão, o que é comum em tempestades tropicais por ser o estágio anterior a um furacão em força do vento.
Em conversa com a MetSul, o meteorologista Michel Davison, chefe da seção internacional do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS), comentou que via uma transição de subtropical para tropical. Davison, que está a pouco dias de se aposentar após muitos anos treinando meteorologistas do mundo inteiro na NOAA, revelou que estava em diálogo direto com a Marinha do Brasil sobre a evolução do ciclone. Nas cartas publicadas pela sua seção no final da manhã, a projeção era de o ciclone passar de subtropical para tropical.
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