Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Estoques da indústria gaúcha voltam a acumular. Pesquisa da FIERGS mostra queda da atividade no setor, mas apresenta alta no emprego

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Mesmo com a queda da produção em abril, os estoques de produtos finais cresceram pelo terceiro mês seguido, o que vem provocando um acúmulo cada vez maior. Foto: Miguel Ângelo

 

 

A Sondagem Industrial do RS, divulgada nessa segunda-feira (30) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), mostra queda na produção da indústria gaúcha em abril. O índice foi de 46,4 pontos, e abaixo dos 50, indica recuo na atividade. Porém, reflete apenas a sazonalidade, pois o índice ficou acima da sua média histórica de 44,7 para o mês. Por outro lado, aos 50,4 pontos, o índice de número de empregados revelou pequeno avanço. Embora tenha alcançado 22 meses de alta ininterrupta, é a pontuação mais baixa desse período, o que significa o menor ritmo de crescimento e o menos disseminado no setor, mas ainda um resultado importante dado o comportamento histórico negativo do mês. Ao mesmo tempo, o acúmulo de estoques voltou a subir.

Outro dado importante revelado pela Sondagem é em relação a utilização da capacidade instalada (UCI), que caiu de 74%, em março, para 73%, em abril e, na opinião dos empresários consultados na pesquisa, ficou abaixo do patamar normal. O índice de UCI em relação à usual, com 44,3 pontos em abril, menos 4,2 pontos em relação a março, mostra a UCI mais distante do usual – a marca de 50 pontos – do que estava no mês anterior.

Mesmo com a queda da produção em abril, os estoques de produtos finais cresceram pelo terceiro mês seguido, o que vem provocando um acúmulo cada vez maior. O índice de estoques planejados atingiu o maior valor desde março de 2019, 53,9 pontos, ficando ainda mais distante dos 50, marca que indica normalização. Em abril, 30,5% das empresas indicaram excesso de estoques. O acúmulo tende a restringir a produção nos próximos meses.

EXPECTATIVAS – Quanto às expectativas, todos os índices continuaram acima 50 pontos na pesquisa realizada entre 2 e 10 de maio com 210 empresas, sendo 46 pequenas, 67 médias e 97 grandes. Isso indica perspectiva de crescimento nos próximos seis meses. Porém, todos caíram em relação a abril e, com exceção das exportações, atingiram as menores marcas desde meados de 2020, evidenciando otimismo menor e menos disseminado entre os empresários. Na passagem de abril para maio, o índice de demanda caiu de 56,2 para 54,3 pontos, o de emprego, de 52,7 para 52,2, o de compras de matérias-primas, de 54,3 para 52, e o de exportações, de 54,1 para 53,4 pontos.

Mesmo com otimismo em queda, a disposição para investir cresceu na indústria gaúcha. O índice de intenção recuperou parte da perda de abril e voltou a subir em maio, passando de 57 para 59,6 pontos, bem acima da média histórica de 50,9. Em maio, quase dois terços das empresas, 65,7%, mostraram disposição para investimentos nos próximos seis meses.

Clique aqui e confira a pesquisa completa.