Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Educação assina parceria inédita para cursos de justiça restaurativa

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A Secretaria Municipal de Educação (Smed) firmou uma parceria inédita com a Escola Superior de Magistratura da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). A partir desta quinta-feira, 2, estão abertas as inscrições para o 1º Curso de Sensibilização em Círculos de Construção de Paz, que ofertará 1.200 vagas. A inscrição poderá ser feita através do site circulosemmovimento.org.br/escolarestaurativa. A formação é destinada a docentes das 98 escolas da rede municipal de ensino, professores das escolas próprias, das escolas comunitárias, instituições parceiras da educação integral e estendido às escolas da rede estadual e particulares.

A parceria atende às demandas do programa da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência na Escola (Cipave). O curso ocorrerá de forma on-line durante quatro semanas seguidas, com dois encontros por semana de 1h cada. O início da formação básica será dia 13 de junho e os inscritos receberão certificação de 20h pela Ajuris. Logo após será dado segmento aos demais cursos avançados para grupos menores, conforme exigência da metodologia a ser aplicada.

Investimento – A contratação do termo de referência foi um investimento prioritário da Smed através da prefeitura. Visa à formação de instrutores e facilitadores junto aos professores das escolas da rede municipal e comissões da Cipaves. A finalidade é desenvolver a cultura da paz através da mediação de conflitos na escola e o processo de escuta por meio de vivências de círculos de construção de paz.

Conforme a secretária municipal da Educação, Sônia Rosa, as escolas da rede municipal recebem alunos de diversos níveis sociais e culturais que defrontam-se diariamente com inúmeras situações de conflitos, que podem gerar algum tipo de violência. “A educação orientadora e preventiva dentro da comunidade escolar, aliada a uma atenção diferenciada aos alunos, é a maneira mais eficaz de garantirmos uma sociedade mais justa e igualitária”, observou.

Para o desembargador Leoberto Narciso Brancher, um dos pioneiros nos estudos para implementação da justiça restaurativa no Brasil, a formação dos facilitadores também se beneficia significativamente de um programa que permita o amadurecimento do multiplicador ao longo de diferentes etapas. Segundo o desembargador, a justiça restaurativa muda a perspectiva e compreensão dos problemas trocando algumas formas tradicionais que são baseadas em culpa, perseguição e castigo, por responsabilidades, encontros e reparação do dano.

Mais informações com Célia Cristiane Peres, na Equipe de Projetos e Parcerias da Smed: (51) 3289-1846.

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