Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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RS: UPF celebra 54 anos reforçando vínculos com a comunidade

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O que precisamos mudar? Como darmos o primeiro passo? O que precisamos contemplar nestas mudanças? Essas perguntas fizeram parte de todas as ações feitas nos últimos anos. E as respostas começam a ser colocadas em prática em um novo posicionamento da Universidade de Passo Fundo (UPF). Ao completar 54 anos, com mais de 100 mil profissionais formados (na graduação e pós-graduação), centenas de parcerias, projetos, serviços e produtos, inseridos no ensino, na pesquisa, na extensão e na inovação, a Instituição se renova para impactar ainda mais na vida das pessoas.

O dinamismo do mundo na atualidade e a necessidade de modernização e qualificação dos processos foi uma das molas propulsoras para a reforma político-administrativa implementada pela gestão. Ao acompanhar a realidade da própria sociedade, a Universidade se reinventou. “Um novo modelo foi necessário e os desafios foram sendo superados a cada passo. Das alterações de processos internos, dos procedimentos, até a decisão de integrar toda a área acadêmica em seis escolas e institutos unidos por campos do conhecimento, tudo foi pensado e decidido de forma colegiada. As estratégias buscaram não apenas modernizar a Instituição, mas pensar nela para os próximos 54 anos, de forma que ela avance na qualidade educativa, na sustentabilidade e, ao mesmo tempo, amplie os vínculos com todos os setores da sociedade”, destaca a reitora, Bernadete Maria Dalmolin.

Essa construção, embora tenha renovado vários aspectos institucionais, teve como base a característica marcante da Universidade: ser comunitária. Na visão da reitora, esse é um dos pontos que orientam todas as ações feitas e as mudanças propostas também tiveram o objetivo de tornar a UPF ainda mais conectada à vida da comunidade local e regional. “Somos uma Universidade comunitária com grande capilaridade e conexão com as matrizes produtivas da região e com os desafios sociais. Estamos presentes em todos os lugares, de várias formas. Queremos que essa relação se fortaleça a cada dia, nesse propósito maior que é a formação de pessoas que, ao se transformarem, também transformam os seus mundos”, reforça.

Ensino que transforma e conecta 

Os primeiros passos dados por Heloise Ruschel na UPF foram ainda na infância. “Ter o privilégio de crescer numa família onde as mulheres sempre foram livres para batalhar pelos sonhos me motivou muito, e não diferente disso, dentro da UPF e do próprio curso que escolhi tive inúmeros exemplos femininos de dedicação, profissionalismo, caráter e amor tanto pela profissão quanto pela docência”, finaliza.

A pesquisa para compreender melhor o mundo

Caroline Vicenzi, hoje empresária, continua a contar com a Universidade para empreender, ampliar produtos e buscar novos olhares sobre o mundo. Ela lembra que toda a caminhada no curso de Engenharia de Alimentos contribuiu não apenas para a construção da carreira, mas para a melhor compreensão do funcionamento e dos processos que fazem parte do seu trabalho. “Minha graduação, meu mestrado, contribuíram muito para a noção de ambiente de trabalho e, principalmente a estrutura da UPF, me ajudou a ampliar o pensamento para uma visão mais crítica”, salienta.

Extensão Universitária como ambiente de ensino-aprendizagem

Os projetos fazem a diferença tanto para os acadêmicos que vivenciam essa experiência, quanto para a comunidade que é atendida por eles, nas mais diversas áreas. “Reconheço o quanto esse trabalho em conjunto já fez a diferença em muitas áreas para os moradores da comunidade. Nós éramos uma comunidade pouco vista, quase que invisível, até pelo fato de ser uma ocupação, e a partir do momento que a UPF entrou aqui aprendemos muita coisa, tivemos acolhimento e muito apoio. Todos os moradores agradecem o trabalho feito pela UPF, que é muito importante nas nossas vidas”, afirma Jussara Antunes, moradora do bairro José Alexandre Zachia, beneficiada pelo projeto “Redes de Cuidados Territoriais”.

Inovação e oportunidades de novas experiências

Quarto pilar da Universidade, a inovação por aqui caminha a passos largos. Em sete anos de atividades, a incubadora do UPF Parque Científico e Tecnológico, ecossistema de inovação que conecta a pesquisa da Instituição a startups e grandes empresas potencializando a inovação, já mostra números expressivos: são mais de 30 startups, residentes e associadas, e empresas incubadas, mais de 200 conexões realizadas, além de 70 patentes registradas. “O Parque sempre nos auxiliou com a experiência na gestão, ou alguma dúvida que tínhamos em relação ao controle financeiro, por exemplo. Mas nós tivemos muita oportunidade de networking, de contar com experiências de outras empresas”, conta José. De acordo com os sócios, todo o período em que a empresa passou no UPF Parque foi fundamental para chegarem onde estão hoje. “Desde nós nos conhecermos em uma empresa que já estava lá dentro, até nós conseguirmos clientes, do próprio Parque. Toda essa ajuda foi essencial”, completa.