A Casa das Sementes Vivas é um projeto independente desenvolvido por um casal de agricultores que vive no interior da cidade de Rolante, no Vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul, cujo objetivo é resgatar, multiplicar e fazer o compartilhamento de sementes crioulas, responsáveis por uma diversidade de frutos, legumes e verduras. A ideia da preservação e recuperação das sementes é promover autonomia e soberania alimentar. É desses pequenos grãos que o casal Alícia Ganzo Galarça, 22 anos, e Pedro Henriques dos Santos, 28 anos, também chamados de guardiões das sementes, plantam e colhem batatas, tomates, milho e cenouras com uma variedade de cores diferentes de tudo que a população consome normalmente.
“Existem centenas de variedades de cores, texturas, sabores e genéticas diferentes de tomates, por exemplo. É daí que vem o tomate amarelo, roxo ou preto. Nos acostumamos, enquanto sociedade, a ter uma mono alimentação, com pouca diversidade”, ressalta Alícia. De acordo com a agricultora, quando surgem outros alimentos, variedades crioulas (sementes sem alteração genética), as pessoas se surpreendem. “No nosso banco de sementes, temos milho amarelo, vermelho, verde, preto, rosa, branco e outras variedades todas coloridas”, diz. Alícia explica também que a diversidade não se resume apenas aos aspectos visuais, mas aos nutricionais e históricos. Batatas com cores diferentes carregam nutrientes diferentes. A batata doce laranja, chamada de Batata Abóbora, tem mais betacaroteno do que a doce roxa ou a branca.
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