“Realizamos essa doação, no dia 25, para marcar o dia que se comemora a festa da colheita. Essa é a nossa tarefa, enquanto Sem Terra, produzir alimentos e compartilhar nossas produções”, declara Geronimo da Silva, da direção Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pelo Rio Grande do Sul.
No último sábado chegou na capital gaúcha uma diversidade de alimentos produzidos por assentados e cooperativas da Reforma Agrária Popular, os quais foram distribuídos para Associações de Moradores da Periferia e Cozinhas Comunitárias da região Metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com Silva, o MST RS seguirá doando mensalmente alimentos para essas entidades, com o intuito de fortalecer e organizar as comunidades. “Nós estamos contribuindo com um processo que já existia antes de nós. Esse é um trabalho organizado e puxado pelas mulheres da periferia”, pontua o Sem Terra.
Dentre os alimentos doados estão arroz orgânico, feijão, leite, mandioca, batata, moranga, abóbora, bergamota, laranja, repolho, beterraba entre outros. No total, as famílias compartilharam 12 toneladas de suas produções.
A contribuição do MST é pequena, de acordo com Geronimo, pois existem 33 milhões de pessoas passando fome no Brasil. “Nós enquanto organização estamos tentando fazer a nossa parte, pois sabemos que isso na verdade deveria ser um dever do estado. Mas as famílias Sem Terra entendem a importância desses alimentos na mesa de quem mais precisa. Juntos vamos avançar e mudar o país” finaliza.