A Coleta Seletiva, realizada pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), completa 32 anos nesta quinta-feira, 7, e vai comemorar a data com uma ação especial no bairro Bom Fim com a presença do prefeito Sebastião Melo. A atividade, chamada de Blitze da Coleta Seletiva, acontece a partir das 12h30 na praça Berta Starosta (avenida Vasco da Gama esquina com avenida Ramiro Barcelos).
Promovida pela Equipe de Gestão e Educação Ambiental (Egea) do DMLU, a ação pretende fazer abordagens aos pedestres do bairro, orientando como separar corretamente os resíduos domiciliares. Foi no bairro Bom Fim que a Coleta Seletiva iniciou em 7 de julho de 1990. Porto Alegre é considerada uma das capitais pioneiras no país a implantar o serviço de coleta de resíduos recicláveis. Hoje, por dia, as equipes recolhem 45,6 toneladas de material reciclável na cidade.
“Destinar corretamente os resíduos que produzimos em casa é um gesto de cuidado com a cidade e de garantia de renda às famílias de triadores. Com a Coleta Seletiva, cuidamos melhor do meio ambiente. Só com essa parceria entre o poder público e a população é que vamos ter uma cidade sustentável, limpa e assim mais agradável para se viver”, destaca o diretor-geral do DMLU, Paulo Marques.
A Cooperativa de Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa) é a terceirizada responsável pela Coleta Seletiva da cidade, atuando com 140 garis realizando a retirada do material. São 33 rotas diárias na porta do cidadão. Destes caminhões, 7 fazem rotas à noite. A cidade também conta com 16 Unidades de Triagem de recicláveis, abrigando cerca de 600 trabalhadores que dependem do serviço de Coleta Seletiva como fonte de renda.
O que descartar na Coleta Seletiva (recicláveis) –Basicamente todos os materiais feitos de plástico, vidro, papel seco e metal são reaproveitados. Entre eles, embalagens longa vida, arame, baldes, brinquedos, caixas em geral, caixa de pizza sem gordura, canos e tubos metálicos e em PVC, cobre, copos descartáveis, garrafas pet, latas de alumínio, raio-x, isopor, plástico filme, bisnagas plásticas de alimentos e clipes.
Histórico – Desde 7 de julho de 1990, quando começou como projeto-piloto no bairro Bom Fim, o serviço foi se aperfeiçoando e se tornou referência na América Latina. O serviço foi ampliado em setembro de 2015, passando a atender três vezes por semana na maioria dos bairros beneficiados pela Coleta Automatizada. No restante da cidade, o caminhão realiza a coleta duas vezes por semana. Os roteiros foram reprogramados para não coincidirem com os horários da Coleta Domiciliar e são feitos nos turnos do dia ou da noite, atendendo 100% da cidade. A consulta, atualmente, é por endereço completo, não por bairro. Para verificar os dias e horários, acesse aqui.
O DMLU também oferece locais para que os cidadãos possam descartar seus resíduos recicláveis sem ter que esperar pela Coleta Seletiva. São os Postos de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis (PEV). Para saber qual o PEV mais próximo de sua casa, clique aqui.
Benefícios – Além dos benefícios sociais, a entrega dos resíduos recicláveis à Coleta Seletiva traz vantagens ambientais e econômicas. Diariamente, o DMLU recolhe nas residências cerca de 1.059 mil toneladas de resíduos. Desse total, 45,6 toneladas são de recicláveis recolhidos pela Coleta Seletiva. O restante é composto por resíduos orgânicos e rejeito da Coleta Domiciliar. Soma-se aos orgânicos e rejeito os resíduos públicos e as cargas recebidas na Estação de Transbordo, em que se chega a um total de 1.540 tonelada/dia de material enviado para o aterro sanitário.
Do quantitativo de recicláveis coletados em 2021, a média de 13,40 toneladas diárias é de rejeito (29%). Assim, estima-se que 32,2 toneladas/dia de resíduos são efetivamente comercializados pelas UTs para fins de reciclagem.
Dos resíduos domiciliares, 4,3% é da Coleta Seletiva. Um percentual acima da média nacional, que é de cerca de 4%, mas com potencial de avançar mais ainda, visto que há mais de 23% de recicláveis indo para o aterro sanitário.
Cerca de 250 toneladas de materiais que poderiam ser reciclados são descartadas indevidamente por dia em Porto Alegre. E, além de prejudicar o ambiente, representam um alto custo para a administração municipal, que gasta R$ 9,5 milhões por ano para remover estes resíduos para um aterro. O DMLU integra a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb).
A gente vive, a gente cuida é um movimento que convida a população a manter a cidade limpa e cuidar dos espaços públicos. Avanços importantes na zeladoria foram conquistados, mas ainda há muitos desafios para fazer de Porto Alegre uma cidade melhor para se viver. Coordenada pelo Gabinete de Comunicação Social (GCS) da prefeitura, a iniciativa tem duração de 30 meses. Assista ao vídeo da campanha.