A privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) pode até dividir opiniões, mas a impressão que é compartilhada entre defensores e opositores dessa iniciativa é que a determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de suspender esse processo criou um ambiente de insegurança em torno da proposta. O TCE está questionando os cálculos envolvidos e exigindo correções na modelagem econômico-financeira da desestatização.
Tanto o Tribunal de Contas do Estado como o governo gaúcho (que possui 99,9% das ações da Corsan) não divulgaram muitos detalhes sobre o assunto, entretanto fontes que acompanham o tema explicam que, fundamentalmente, trata-se de discordâncias quanto aos valores abrangidos no negócio, que ainda não se tornaram públicos. De qualquer maneira, o presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, Paulo Menzel, enfatiza que a interrupção do processo de privatização, que o governo afirmou desejar concluir em julho, traz instabilidade à transação.
“O investidor tem arrepios quando acontece coisas assim”, enfatiza. Apesar do contratempo, Menzel acredita que a privatização da Corsan acontecerá, mais cedo ou mais tarde. “Agora tem que esperar que o mercado se acomode e comece o processo de novo”, argumenta. O dirigente defende que passar para a iniciativa privada a gestão da companhia seria algo positivo para o segmento do saneamento, pois o governo deve atuar mais como regulador e não como protagonista nessa área.
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