Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Inflação e quadro fiscal fazem bancos prever Selic mais alta, por Cleide Silva/O Estado de São Paulo

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Estimativa é de taxa de juros de pelo menos 14% ainda em 2022. Mercado revisa estimativas e já vê aperto maior para Selic Foto: Tiago Queiroz/Estadão

 

 

O mercado passou a rever suas apostas para a evolução da Selic, com a perspectiva de uma inflação mais alta do que o esperado em 2023 e de maior risco para a administração das contas públicas, depois da aprovação da PEC Kamikaze – que aumentou o valor de benefícios como o Auxílio Brasil e criou outros em pleno ano eleitoral. O pacote vai custar R$ 41,2 bilhões, valor fora do teto de gastos.

Se antes a expectativa era de que a elevação da taxa básica de juros, hoje em 13,25% ao ano, já pudesse ser interrompida em agosto, agora bancos e consultorias avaliam que os aumentos devem prosseguir pelo menos até setembro ou outubro. Nesse cenário, a Selic poderia chegar a até 14,25%, segundo novas estimativas do mercado, voltando ao patamar de meados de 2016.

“Se deixar a inflação correr solta neste momento, há risco não só de uma disseminação de todos os preços da economia, mas de uma persistência dessa inflação alta ao longo de vários anos”, diz Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

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