Com passagem por diversos festivais, no Brasil e exterior, o curta-metragem baiano “Mãe solo”, é um dos cinco finalista ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2022, na categoria documentário. O vencedor de cada categoria será conhecido na noite do dia 10 de agosto e receberá o Troféu Grande Otelo. Para celebrar o feito e aguardar ao anuncio dos vencedores, no próximo dia 03 de agosto (quarta-feira), na cidade natal da diretora do filme, Camila de Moraes, na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, haverá uma sessão comentada pela rapper Negra Jaque e a Doutora em Educação Maria Conceição Lopes Fontoura, a partir das 20h30, com entrada franca ao público.
A sessão comentada será conduzida por mulheres que são expoentes da cena cultural e educacional da capital gaúcha. A rapper Negra Jaque, mãe de Erick Maurício Pereira de Freitas, também é mestranda em Arte e Educação pela UFRGS e coordenadora do Galpão Casa de Hip Hop em Porto Alegre. Maria Conceição Lopes Fontoura, mãe de Malizi Fontoura Gonçalves, é especialista e atuante nas áreas dos Direitos Humanos envolvendo temas tais como: Educação, Educação das Relações Étnico-Raciais e Feminismo Negro.
O documentário conta a histórias de mulheres, mães, negras, moradoras de comunidades da cidade de Salvador, Brasil, apresentando suas identidades como mães solos, através de relatos autorais de suas vivências. As personagens principais do filme são Keisiane Santos, 24 anos, esteticista, e Lúcia Batista, 63 anos, diarista. Apesar de terem dado a luz em épocas diferentes, separadas por cerca de 40 anos, as personagens lembram e relatam dificuldades parecidas sobre a realidade de ser uma mãe solo na sociedade brasileira.
As histórias dessas mulheres se ligam neste documentário, trazendo consigo algumas reflexões essenciais sobre como a responsabilidade da criação de seus filhos recaem sobre as mulheres e expõe as questões que envolvem a falta de apoio e acolhimento da família, dos pais das crianças, da sociedade e do Estado. Além das personagens principais, temos a análise da situação por Vilma Reis, socióloga e ativista, que explana e aprofunda a visão sobre as raízes dos problemas enfrentados por essas mães, levantando a origem dos fatos que estruturam seu lugar na pirâmide social.
A ideia do documentário surgiu do diretor teatral e líder comunitário Marcos Dias. O roteiro é de Nane Sacramento e Danilo Stael, com direção de Camila de Moraes e produção de Danilo Stael, através da produtora Aworan. Na equipe constam nomes como Marcos Dias, Engels Miranda, Uiran Paranhos, Danilo Umbelino, Marise Urbano, Josy Miranda, Alice Braz, Beberes, Hávata Serena, Gabriel Lake, Tiago Pinto, Filipe Louzado e as atrizes Brenda Matos, Kalú Santana e Lindete Souza.
Projeto contemplado pelo Prêmio Conceição Senna de Audiovisual, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.
SERVIÇO:
O Quê: Sessão comentada do curta-metragem “Mãe Solo” com Negra Jaque (rapper), Maria Conceição Lopes Fontoura (Doutora em Educação) e Camila de Moraes (diretora)
Quando: 03 de agosto de 2022 (quarta-feira)
Onde: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico, Porto Alegre)
Horário: 20h30
Entrada Franca
