Nesta quarta-feira, 17, aconteceu a segunda sabatina a candidatos ao Governo do Estado promovida pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Carlos Eduardo Vieira da Cunha, postulante ao Piratini pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi entrevistado pela publisher de Coletiva.net, Márcia Christofoli, e pelo jornalista Filipe Speck, do Matinal Jornalismo. Um dos destaques da conversa foi quando o candidato se mostrou contrário à proibição de investimento público em Publicidade, previsto no Regime de Recuperação Fiscal estadual.

O evento, transmitido pelo Facebook da ARI, começou com uma breve explanação do presidente da entidade, José Nunes. Em seguida, ele convidou o presidente do Conselho Deliberativo da Associação, João Batista de Melo Filho, que mediou a conversa. Antes, porém, de abrir para as perguntas, o gestor pediu um minuto de silêncio em memória de Armindo Antônio Ranzolin, comunicador que morreu nessa tarde.

Provocado pelo repórter do Matinal, Vieira da Cunha, em sua primeira resposta, fez uma defesa à Educação. “Estamos perdendo a juventude, pois estamos deixando os jovens evadirem da escola, graças à baixa qualidade do ensino, pelo sucateamento escolar e pela desmotivação dos professores”, ressaltou. O candidato ainda acrescentou que “a realidade seria diferente se esta ‘gurizada’ estivesse conectada com a escola”.

Para responder ao questionamento de Márcia sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2009 a favor da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para a prática da profissão, o político opinou: “Eu considero incompreensível. Sou completamente favorável à reivindicação para que se necessite do diploma para exercer o Jornalismo”, ponderou.

Outra questão levantada pela publisher do portal foi a respeito do Regime de Recuperação Fiscal adotado pelo Governo do Estado, que prevê a proibição de alocamento de verba pública para campanhas publicitárias que não contemplem assuntos de Saúde, Segurança e Educação pelos próximos nove anos. O Executivo, no entanto, é um dos principais injetores de investimento no mercado desse setor. O pedetista afirmou que não sabia deste proibitivo, mas que, apesar disso, é contra a determinação. “Este é mais um de tantos problemas deste acordo que considero atentatório aos interesses do Estado. Por isso, aumenta a minha convicção quanto a sua desconstituição”, explicou.

Compromisso com a Liberdade de Informação

Por fim, Vieira da Cunha assinou o Termo de Compromisso com a Transparência e Liberdade de Informação, documento proposto pela ARI, que será apresentado a todos os candidatos sabatinados. O postulante ao Executivo Estadual, que cursou Jornalismo por dois anos, pediu para que os jornalistas presentes o acompanhassem no ato de firma. Ele ainda declarou concordância com os temas propostos. “Eu não tinha conhecimento do conteúdo, mas concordo integralmente e faço questão de assinar neste momento”, disse.