O maior ciclo de paradas de manutenção da Braskem no Polo de Triunfo, com 12 intervenções nas plantas operacionais, foi concluído no final de julho com êxito e deixa como legado um novo patamar de segurança, performance e avanço tecnológico. “Do cracker à segunda geração, foi o maior ciclo de investimentos voltado à segurança, integridade e sustentabilidade. Foi um momento total de update dos ativos, reforçando o compromisso em manter os sistemas seguros, íntegros e respeitando todos os recursos naturais “, afirma o diretor industrial da Braskem no RS, Nelzo Silva. A parada geral de manutenção faz parte do ciclo de investimentos – em torno de R$ 1 bilhão – da Braskem voltados à evolução da sua produção no Estado.
O próximo grande evento será a parada da planta de eteno renovável. Com essa parada programada, será possível avançar nas obras de ampliação da capacidade de produção em 30%, passando de 200 mil toneladas para 260 mil toneladas em 2023. O aumento da produção ocorre devido a uma necessidade mundial de mercado e integra-se ao empenho da Braskem em criar soluções a partir da cana-de-açúcar, ancorado na estratégia de sustentabilidade da empresa, que investe cada vez mais em produtos desenvolvidos a partir de matéria-prima de origem renovável, reciclagem e Economia Circular. O investimento nesta etapa será de aproximadamente R$ 430 milhões.
A ampliação acontece no ano em que a Braskem completa 20 anos, e o aumento da capacidade terá novos impactos significativos na economia gaúcha com o crescimento na geração de tributos diretos e indiretos gerados com a receita advinda do volume adicional de vendas de PE verde e EVA verde. Além disso, há a contribuição para o meio ambiente com o aumento da captura de CO² equivalente a 185 kt/ano, seguindo as metas da companhia de se tornar uma empresa carbono neutro até 2050.
Ciclo maior de operação
Com o encerramento da parada geral, as plantas estão atualizadas com as melhores tecnologias para o segmento petroquímico no mundo e preparadas para operar em um ciclo maior, de no mínimo oito anos no cracker, por exemplo, sem novas paradas. Foram instalados novos sistemas de segurança industrial, trocados todos os sistemas digitais, computadorizados e responsáveis pelos controles do processo de produção e segurança e aplicada à tecnologia mais moderna existente, predição de performance e inteligência artificial. Também foram montados equipamentos para redução do consumo de energia durante a produção, visando a avançar cada vez mais na conquista do compromisso público assumido pela empresa quanto à sustentabilidade e atuação responsável.
Durante o ciclo – iniciado em fevereiro -, foram executadas em torno de 50 mil tarefas com a participação de aproximadamente de 4.500 pessoas, incluindo profissionais de outras plantas da companhia no Brasil e no exterior e de empresas terceirizadas. Foram realizados investimentos em equipamentos específicos, visando o aumento de performance energética e de confiabilidade operacional, bem como investimentos em sistemas de efluentes. Houve, por exemplo, instalação de novas válvulas de corte para os reatores a fim de conferir ainda mais segurança e confiabilidade às operações e de novos instrumentos e modernização do intertravamento da planta. Novas tecnologias foram usadas para reduzir o potencial impacto ambiental. Uma delas foi para diminuir a duração de procedimentos de sopragem, necessários para liberação de equipamentos.
Entre as inovações, está também um dos o maiores projeto de automação e tecnologias industriais da Braskem no RS, um investimento de R$ 28 milhões. O Sistema Digital de Controle da unidade Olefinas 1 é responsável pelo controle e monitoramento de mais de 7 mil instrumentos. O novo sistema funciona em uma sala projetada para o uso dos mais modernos recursos de tecnologia voltados à confiabilidade humana e ergonomia. É o primeiro sistema de controle da Braskem integrado com um circuito fechado de câmeras para monitoramento do processo industrial que ajudam a identificar automaticamente cenários de potencial risco, facilitando a tomada de decisão pelos operadores.
Nelzo destaca o desafio de realizar a parada durante a pandemia e com condições climáticas adversas no RS. “Nós superamos esse desafio baseado numa cultura, em um valor que passa por confiar, conversar, acreditar, sair do papel mecanizado da comunicação e ir para uma relação humana. Dessa forma também se integraram pessoas de outras regiões, de outros países, porque faz parte da nossa forma de ser”, finaliza.