A seleção brasileira estreia na Copa do Mundo em 24 de novembro, 25 dias após a realização do segundo turno das eleições gerais no Brasil. O técnico Tite, 61, porém, preocupa-se em separar o futebol da política. Para ele, o esporte é um agente educativo, além de patrimônio cultural, não a solução dos problemas do país.
“O futebol não pode carregar a solução do prazer, da satisfação. Ele não bota comida na boca de ninguém, nem emprego na boca de ninguém, nem educação na boca de ninguém”, afirma o treinador à Folha.
Em entrevista na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio, o comandante que sonha em dar ao Brasil o seu sexto título mundial diz que “não tem como não ficar ligado” nas principais questões sociais do Brasil, mas prioriza seu trabalho. “Nossa prioridade é a seleção.”
No Qatar, Tite também vai encontrar um cenário que o desagrada. Por disputar o torneio em um país com histórico de violação dos direitos humanos, inclusive durante a construção dos estádios da Copa, ele diz que não estará na “plenitude de sua satisfação”.
Já em relação à seleção brasileira, ele acredita que a equipe chegará ao torneio mais bem-preparada do que no último Mundial, na Rússia, em 2018, quando o time foi eliminado nas quartas de final pela Bélgica. “Temos mais opções.”
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